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EUA restringem vistos de autoridades estrangeiras: entenda a medida, os impactos e por que Alexandre de Moraes pode estar na mira

Política anunciada por Marco Rubio mira autoridades que puniram americanos por postagens online. América Latina e Europa podem ser alvos potenciais.

Por Portal Visão Liberal Publicado em 29/05/2025 07:22 - Atualizado em 29/05/2025 07:22

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou nesta quarta-feira (28) que o governo americano colocará restrições de visto a autoridades estrangeiras "cúmplices da censura" contra cidadãos dos EUA. Na prática, essas pessoas ficarão impedidas de entrar nos Estados Unidos.

A medida é uma reação do governo americano a autoridades estrangeiras, especialmente do Judiciário, que pediram a remoção de conteúdo nas redes ou pressionaram plataformas dos EUA a moderar postagens de americanos.

No passado, autoridades dos EUA e empresas como a Meta e o X já criticaram leis estrangeiras que impõem regras às redes sociais.

Na visão do governo americano, práticas do tipo interferem na liberdade de expressão e prejudicam os negócios das plataformas com sede nos EUA.

Nesta quarta, Rubio disse ser "inaceitável" que autoridades estrangeiras emitam ou ameacem emitir mandados de prisão contra cidadãos americanos por publicações em redes sociais.

Até a publicação desta reportagem, o governo dos EUA não havia detalhado quais autoridades poderiam ser punidas. Ainda assim, Rubio mencionou a América Latina e a Europa como regiões onde autoridades podem ser alvo das novas restrições de visto.

Após o anúncio da medida, o empresário Jason Miller, ex-braço direito de Trump, citou em suas redes sociais o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Alexandre de Moraes pode ser afetado?

Sim, existe essa possibilidade. Durante uma audiência no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, em 21 de maio, Rubio admitiu que o governo avaliava punir Moraes com sanções.

A declaração foi dada em resposta ao deputado republicano Cory Mills, aliado do presidente Donald Trump e próximo da família Bolsonaro.

Mills afirmou que o Brasil enfrenta um "alarmante retrocesso nos direitos humanos" e disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria prestes a se tornar um preso político.

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