Valdir Hinselmann incentiva ação por procura de doador de medula para a menina Emilie

O vereador Valdir Hinselmann (PL) ocupou a tribuna da Câmara de Brusque durante a sessão desta terça-feira, 27 de maio, para falar sobre o caso da menina Emilie Maria Garcia Cavalheiro, moradora do bairro Dom Joaquim. Ela tem um ano de dois meses de vida e foi diagnosticada com neutropenia congênita grave, doença genética rara caracterizada por níveis baixos de neutrófilos, células do sangue que combatem infecções. Para se curar dessa enfermidade, a criança precisa de um transplante de medula óssea.

A mãe de Emilie, Edimara G. Cavalheiro, e a médica que acompanha a paciente, Laiza Fernanda Silveira Bröse, que também discursou na tribuna, acompanharam no plenário o pronunciamento do parlamentar.

Hinselmann contou que se reuniu com o prefeito André Vechi (PL) para tratar do assunto. “O prefeito se colocou à disposição. O TFD [Tratamento Fora de Domicílio] vai estar disponível com veículos para levar [a Blumenau] as pessoas que querem fazer o teste para ver se podem ser o doador de medula para a Emilie. Se precisar de um ônibus, com certeza a gente vai conseguir”.

O edil citou uma matéria publicada pelo jornal O Município sobre a situação de Emilie e apelou aos demais veículos de imprensa que repercutam o assunto. “A gente faz uma solicitação à imprensa de Brusque para que nos auxilie, auxilie a Emilie e a família na busca por esse doador de medula. Sabemos do alcance da imprensa brusquense em toda a região do Vale e no estado. É muito importante essa ação conjunta”.

Ele sugeriu, ainda, que a Unifebe e a Uniasselvi compartilhem junto a seus alunos, especialmente os que têm entre 18 e 35 anos, informações acerca da demanda da criança, e pediu ao diretor executivo de futebol do Brusque Futebol Clube, o vereador André Rezini (PP), que o clube também se engaje na causa. “É uma vida, é uma filha de Brusque que está necessitando”.

Vereadores se solidarizam à iniciativa

“Quando um caso grave desses aporta na nossa casa e na nossa sociedade, tenho certeza que comove a todos. Quem tem filho sabe como uma situação de saúde atrapalha, a gente já fica preocupado. Imagina uma situação que precisa urgentemente da doação de medula, e, como a doutora [Laiza] falou, é raro encontrar um doador compatível. Então, vamos estar juntos à Emilie para divulgar e ajudar a achar esses doadores”, colaborou Leonardo Schmitz, o Leo (PL).

“Eu quero me dirigir a toda a população, às mães, aquelas que sabem que existe um coração delas batendo fora do próprio peito. Que elas se sensibilizem e que toda a população veja que todo mundo unido pode fazer a diferença. Talvez não encontre [um doador] aqui em Brusque, mas talvez encontre. E que elas sintam definitivamente no seu coração que a gente pode, cada um, fazer a sua parte e ajudar a Emilie. A batalha é imensa, mas eu queria que cada mãe dessa cidade, cada família, tivesse um pouquinho de empatia e se colocasse no lugar da família, da Edimara. Eu tenho certeza que todos nós, juntos, vamos conseguir”, ressaltou Pedro Correa da Silva Neto (PL).

“Eu quero me reportar a uma fala da mãe dessa menina. Ela trouxe o seguinte: ‘A luta pela minha filha não é em vão’. Então, além de vir com toda essa dor que está trazendo, ela já está pensando no que esse movimento pode trazer para futuras crianças que também precisem de doação. Isso traz sensibilidade para as pessoas. Eu torço para que tudo dê certo e a gente também se coloca à disposição”, acrescentou Elizabete Maria Barni Eccel, a Bete (PT).

Rezini se posicionou em seguida: “Vamos conversar com o pessoal [do Brusque FC] para ver de que forma pode ser feita essa campanha, e colaborar para potencializar e tentar o doador ou doadora”. Depois, por sugestão de Ricardo Gianesini, o Rick Zanata (Novo), ele cogitou a hipótese de envolver no pleito o empresário Luciano Hang, dono da Havan. “Tentarmos conversar para ele potencializar também esse assunto, colocar mais ainda na mídia”.

Hemosc em Brusque

Após ouvir os colegas, Hinselmann opinou sobre a importância de Brusque vir a ser contemplada com uma unidade do Hemosc - o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina, órgão que realiza o cadastro de doadores de medula. “Por que não no espaço onde a Renal Vida vai construir o novo prédio? Eu acho que abre uma porta para que, de repente, a gente tenha o centro do Hemosc, para que não só a Emilie seja atendida, mas para que outras crianças, outras pessoas, possam ter a vida salva com a coleta aqui no município”, concluiu.

Texto: Talita Garcia/Câmara Municipal de Brusque.